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Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM

Webinar discute projeto-piloto “Monitoramento Covid Esgotos” desenvolvido na Grande BH

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Foto: Divulgação/Igam

HO IGAM DENTRO

Marília Melo foi responsável por mediar o debate; participantes puderam enviar perguntas com dúvidas sobre o projeto

 

Representantes das equipes participantes do projeto-piloto Monitoramento Covid Esgotos se reuniram nesta sexta-feira (22/5), em webinar que discutiu a iniciativa desenvolvida para monitorar a presença do novo coronavírus nos efluentes de Belo Horizonte e Contagem (MG). O evento online teve participação da Agência Nacional de Águas (ANA), do Governo de Minas, além do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto da Universidade Federal de Minas Gerais (INCT ETEs Sustentáveis/UFMG).

 

O Estado é representado no projeto pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa),  pela Secretaria de Estado de Saúde e pelo Instituto de Gestão das Águas (Igam), cuja diretora-geral, Marilia Melo, foi mediadora do seminário, destacando a dinâmica, os critérios de trabalho e os resultados já obtidos até o momento.

 

O Monitoramento Covid Esgotos é desenvolvido, inicialmente, a partir da coleta de amostras de efluentes produzidos pelas populações de Belo Horizonte e Contagem. Durante o webinar desta sexta-feira, Marília Melo, ressaltou que o trabalho desenvolvido, experimentalmente, em Minas pode ser replicado em outras regiões do Brasil. “Nosso objetivo é gerar um instrumento de planejamento e ação, uma metodologia de apoio às secretarias de saúde para a definição das ações de combate e que vai assegurar mais segurança à população”, frisou.

 

Representando a SES, o superintendente de Vigilância Sanitária da pasta, Filipe Laguardia, reforçou durante o webinar que o monitoramento do esgoto ajudará no direcionamento das ações de controle ao novo coronavírus. Segundo ele, “as políticas públicas precisam estar aliadas à ciência para definir as medidas de controle. A SES tem muita expectativa nos resultados dessa pesquisa”, disse.

 

Perguntas foram enviadas aos pesquisadores durante o webinar e um dos questionamentos mais frequentes foi sobre o monitoramento em locais onde não há rede de esgotamento sanitário. “O projeto pressupõe a existência de um sistema de coleta. Mas ainda assim em áreas sem rede seria possível monitorar a partir de análises em córregos e ribeirões que recebem os efluentes”, explicou o pesquisador Carlos Chernicharo, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do INCT.

 

Também participaram do webinar os pesquisadores do INCT ETEs Sustentáveis UFMG Bruno César Mota, Thiago Bressani, Juliana Calabria, Lariza Azevedo e Lucas Chamhum.

 

Os pesquisadores ressaltaram que não há evidências da transmissão do vírus, ainda com potencial de causar a infecção do COVID-19, por meio das fezes (transmissão feco-oral) e que o objetivo da pesquisa é mapear os esgotos para indicar áreas com maior incidência da transmissão, por exemplo. “Em outros estudos isto também não foi comprovado. Até o momento é uma alternativa de contágio com baixa probabilidade”, disse o superintendente de Planejamento de Recursos Hídricos da Agência Nacional de Águas (ANA), Sérgio Ayrimoraes.

 

Resultados

 

No primeiro boletim da semana inicial dos trabalhos de campo do Monitoramento COVID Esgotos foi constatada a presença do novo coronavírus em oito das 26 amostras (31%) coletadas em Belo Horizonte e Contagem. As coletas foram realizadas nas sub-bacias do ribeirão Arrudas e do ribeirão do Onça.

 

A íntegra do webinar está disponível no site da ANA e no canal do órgão no Youtube.

 

Simon Nascimento
Ascom/Sisema

 

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